Pelos botecos do Rio – parte 01

O tempo pareceu conspirar a nosso favor e após uma quinta-feira fria e nublosa, a sexta ofertou uma temperatura mais calorosa, um sol estonteante e um céu azul. Bom para explorar os botecos do Rio. O Bar Gracioso foi nossa primeira parada. Já eram quase quinze horas e até então eu não tinha comido nada. No meu estômago apenas o longínquo café da manhã de oito horas.

A providência que tomei foi beber um gole de uma gelada Bohemia, que desceu abençoada pela minha garganta, ressonando fortemente sobre o vazio de meu interior. Cheguei a ficar tonto. Uma tonteira boa de primeira cerveja tomada. Não dei mole para a barriga vazia e sem muito escolher, pedi ao atendente uma dica de petisco.

Imagens relativas ao texto Botecos do Rio de Janeiro
balcão do Gracioso: o bar da região portuária oferta boas cervejas
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Bolinho de abóbora com carne seca do Gracioso
Bolinho de abóbora com carne seca

A casa não estava cheia, apenas uma mesa de alegres falantes a beber num desses almoços de trabalho intermináveis de sexta-feira. Surpreendi-me com as várias opções de cerveja no cardápio e de alguns pratos diferentes.

Nossa intenção não era nos acabarmos de comer, apenas petiscar alguma coisa e seguir a jornada. Pedi um bolinho de abóbora com carne seca. De formato redondo, leve e gostosa massa de abóbora, bem recheado de carne seca e bem temperado, a tal iguaria tem uma espécie de pedacinhos crocantes em sua volta. Com a minha fome não me importei de estar frio, gostei do troço mesmo sem o calor.

Largo de São Francisco da Prainha

Não esticamos muita prosa por ali e ao zerar a garrafa de 600 ml saímos a descer pela Rua Sacadura Cabral, parando para admirar o belo Largo de São Francisco da Prainha, que tem tudo para se tornar uma ‘segunda Lapa’, e mais adiante a histórica Igreja de São Francisco da Prainha, construída no século XVIII.

A importante edificação necessita de uma reforma, que segundo me revelou o Thiago, está para ser realizada pelo IPHAN. Deu vontade de sair explorando as vielas que ligam o templo ao morro, e subir novamente as ladeiras para depois descer por outro caminho. Nossa intenção, no entanto, era cruzar todo o Centro até Santa Teresa. O tempo era relativamente  curto e não dava para dedicar mais atenção ao Morro da Conceição.

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Igreja de São Francisco da Prainha

Após algumas voltas pela Praça Mauá, subimos a Rua Acre até o famoso Triângulo das Sardinhas, na Rua Miguel Couto, que àquela hora ainda não apresentava o característico movimento de sexta. Entramos no Ocidental para comer uma gostosa sardinha frita na hora.

A casa já se tornou uma tradição de nossos roteiros de bares, e o frango marítimo sequinho e bem servido é sempre um alento para a fome inicial do tour.  A passagem foi rápida, apenas o tempo de devorar o peixe e tomar um chope ali mesmo em pé, no grande balcão de inox.

Endereço: Rua Sacadura Cabral, 97, Praça Mauá – Saúde. Rio de Janeiro (RJ).
Horário: de segunda a quarta das 7h às 21h. Quinta das 7h às 23h30m. Sexta das 7h à 1h30m.
Contatos: (21) 2263-5028

Para saber mais: facebook.com/restaurantegracioso

Endereço: Rua Miguel Couto, 124, loja C – Centro. Rio de Janeiro / RJ.
Funciona de segunda a sexta das 09h às 21h. Sábado das 09 às 16h.
Contato: (21) 2253-4042

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