O CAPIVARA BAR, NA BARRA FUNDA, FOI PERMANENTEMENTE FECHADO. TEXTO MANTIDO APENAS COMO MEMÓRIA GASTRONÔMICA PAULISTANA.
Eles não cozinham carne de capivara ou de caça, o que o nome poderia levar a supor. Ao contrário, trata-se de um destino relevante para quem gosta de peixes e frutos do mar. O grande diferencial do bar-restaurante está na qualidade e frescor dos pescados servidos. Os pratos são elaborados pelo chef Rodrigo Felício.
As receitas variam de acordo com a sazonalidade da pesca. É trazida quase que diariamente de Cananeia, no litoral Sul de São Paulo. É bom chegar cedo. Tanto para jantar e principalmente aos sábados quando abrem para o almoço. Não é incomum as porções acabarem com a grande procura.
Escabeche de Carapau (R$ 18,00)
A atmosfera de boteco singelo do Capivara Bar faz parte do charme, para dar um toque descolado e informal, mas a simplicidade fica só na casca mesmo. Os pratos são sofisticados nos ingredientes e nos preços – que seguem o de restaurantes de maior padrão em São Paulo (e distantes de um botequim de verdade).
Pratos do dia
Geralmente eles servem de duas a três opções de pratos. Não mais do que isso. Em minha passagem provei como entrada o Escabeche de Carapau (R$ 18,00) e depois uma versão da casa para o Polvo a Galega (R$ 36,00). Ambos ótimos e nos quais a qualidade dos ingredientes efetivamente se sobressaiu.
Polvo a Galega (R$ 36,00)
Para uma pessoa com mais fome o ideal é pedir uma entrada e um prato principal, dado que as porções não são grandes (ao menos não as que eu pedi). A cesta simples de pão de acompanhamento cai bem para ir lambendo o molho dos pedidos.
No quesito bebidas, dão especial atenção para os vinhos que também podem vir em taça (sempre com algumas opções que variam). Não cobram rolha da primeira garrafa aberta para quem quiser levar de casa.
A cozinha aberta, nos fundos do salão
Já para os cervejeiros, como eu, o negócio é mais restrito. Ficou claro que não é o foco deles, pois no dia em que passei lá para almoçar só estavam a servir Henekein em lata (me disseram que por vezes têm outras marcas). Foi o único ponto negativo da experiência. Mas, por outro lado, ao menos tinham Henekein…
Fui muito bem atendido ao longo de todo o almoço. Cheguei cedo, logo que o restaurante abriu, e me sentei em uma das mesas coletivas do pequenino salão, que não demorou para encher.
Capivara Bar desbravando a Barra Funda
Para quem curte, é possível sentar junto ao balcão defronte a cozinha – que é aberta, nos fundos. Foi só depois que reparei nesta possibilidade, que sempre acho mais interessante para acompanhar o preparo dos pratos.
O clima de boteco pé-sujo é apenas na casca. A comida e o preço são de alto padrão
Nos dias de inverno a temperatura ajuda a tornar o clima mais agradável. O jazz nas caixas de som fez a estada ainda mais aconchegante. No verão, no entanto, talvez o negócio ali seja um pouco mais abafado – pois não estamos propriamente no bairro mais aprazível e arborizado de São Paulo.
Junto com o coreano Komah, o Capivara Bar desbrava as terras ainda áridas e de poucas opções gastronômicas da Barra Funda. É ligeiramente fora de mão para mim, mas pela qualidade dos pescados servidos e por ser um restaurante bem peculiar eu irei retornar em outras oportunidades com certeza.
Vale para quem:
- gosta de peixes e frutos do mar
- curte lugares simples com clima de boteco, mesmo que os preços não correspondam a atmosfera
- gosta de restaurantes descolados
BAR PERMANENTEMENTE FECHADO. TEXTO MANTIDO APENAS COMO MEMÓRIA GASTRONÔMICA
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