O ACONCHEGO CARIOCA ESTÁ PERMANENTEMENTE FECHADO. O TEXTO FOI MANTIDO APENAS PARA PESQUISA HISTÓRICA DA GASTRONOMIA DA CIDADE DE SÃO PAULO.
Recebi com entusiasmo a notícia de que o célebre Aconchego Carioca abriria uma filial em Sampa. Morando na terra da Garoa, poderia ser uma opção para matar a saudade dos bolinhos de lá. Mas seria a mesma coisa?
A conclusão é óbvia, o endereço em São Paulo não se compara ao do Rio. É como eu sempre costumo dizer: você pode até colocar os quadrinhos todos iguais na parede, mas é impossível exportar o clima, os tipos humanos e a vizinhança de um bar. Para mim o Aconchego está intimamente ligado a região onde surgiu. Lá na Rua Barão de Iguatemi – responsável inclusive pelo surgimento do pólo gastronômico local.
Aconchego Carioca na paulicéia
No entanto, isso não significa que o bar da Cerqueira César não seja um destino bacana para petiscar com os amigos. Ao contrário: só pelo vasto cardápio de cervejas o programa já vale a pena. Acrescente-se a isso as opções de petiscos importadas do Rio e também algumas criações exclusivas em homenagem a Sampa, como o Bolinho Virado à Paulista (R$ 24,00, 6 unidades) – que terei de experimentar em um retorno.
Levei um tempo para conhecer o local. Acabei incidentalmente parando por lá num fim de tarde de sábado com minha esposa para fazermos hora até encontrar um amigo. O espaço da casa é menor e menos charmoso que no Rio, mas o ambiente ainda assim é agradável. Um ponto a favor da filial de SP é o atendimento atencioso, melhor do que na casa original.
No quesito bebes, como já disse, o bar é impecável: centenas de opções de cervejas especiais (como no Rio), além dos chopps – com a curadoria cervejeira do sócio da unidade paulistana, o expert Edu Passarelli.
Passagem para provar os petiscos do Aconchego Carioca
Como estávamos na entressafra entre o almoço e o jantar, não era nossa intenção nos acabar de comer, mas seria uma temeridade sair de lá sem provar nada. Decidimos optar por uma das criações do cardápio em homenagem a São Paulo: os pastéis estilo feira, grandes e em formato retangular . Acertamos me pedir o Pastel de Bobó de Camarão, pois o recheio estava ótimo. A massa é que não me agradou tanto assim. Achei ressecada e não tão leve e estufada como em feiras de rua.
Ainda cabia uma segunda porção e ficamos na de Bolinho de Feijão Branco com Rabada (R$ 23,00). É o meu petisco predileto na matriz carioca. Eu curto até mais do que o famoso Bolinho de Feijoada, para dizer a verdade.
Não sei porque, mas a versão Feijão Branco com Rabada servida no endereço de Sampa não chegou aos pés da carioca… Simplesmente não me pareceu tão bem temperado quanto na Guanabara.
Mesmo com esses detalhes em relação aos petiscos, evito chegar a críticas conclusivas precipitadas. Estou ainda distante de poder fazer uma avaliação mais aprofundada do Aconchego paulistano. Tenho de voltar em outra oportunidade para provar mais opções do cardápio – incluso os pratos principais, como o Baião de Dois (que adoro no Rio).
O ACONCHEGO CARIOCA ESTÁ PERMANENTEMENTE FECHADO. O TEXTO FOI MANTIDO APENAS PARA PESQUISA HISTÓRICA DA GASTRONOMIA DA CIDADE DE SÃO PAULO.
Aconchego Carioca
Endereço: Alameda Jaú, 1372 – Jardim Paulista. São Paulo (SP).
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