O AZUMI RESTAURANTE INFELIZMENTE ENCERROU AS ATIVIDADES. ERA UM DOS MELHORES E MAIS TRADICIONAIS JAPONESES DO RIO DE JANEIRO. DEIXA SAUDADES.
Toda vez que vou ao Restaurante Azumi (infelizmente não tem sido com a assiduidade que gostaria) penso, sobretudo, nas laranjas. Elas são a única certeza numa noite de positivas surpresas. A dica é se deixar levar pelas sugestões. Cardápio pra quê! Você poderá se perder muito mais com ele (nas dezenas de opções lá descritas) do que sem.
Tudo quase sempre começa na pele de salmão crocante recém saída da grelha e uma garrafa de cerveja Cerpa. Quando estou mais empolgado, peço também um saquê. Gosto de olhar o cardápio apenas como curiosidade.
Balcão de grelhados
As moças que nos atendem com muita simpatia têm bastante trabalho para explicar tudo. Prefiro nem entender. O que é que tem de diferente hoje? Essa é a pergunta sagrada para mim quando acabo de sentar junto ao balcão de grelhados.
Quem cuida da área é Manabu, nissei nascido em Cachoeiras de Macacu, no caminho de Nova Friburgo, mas com passagem de muitos anos pelo Japão. O comandante da grelha logo abriu um sorriso ao oferecer-me a porção de skin, antes mesmo que eu pudesse escolher uma das sugestões ditadas.
Vi umas ostras no balcão e achei interessante umas duas grelhadas para começo de conversa. Nunca consigo comer tudo o que eu quero por lá. É impossível. Jantar no Azumi é um exercício de exclusão.
Recordando meu último texto sobre o restaurante dei-me conta de que a última vez que estive por lá foi há mais de um ano! E as coisas seguem da mesma maravilhosa maneira, sempre acabando nas laranjas.
Para quem não tem medo de se aventurar na culinária japonesa
Minha admiração pelo Azumi não passa só pela excelência da comida lá servida, mas também pelo clima da casa e pela gentileza de sua equipe. Isso dá um tom aconchegante àquele espaço reservado a quem não tem medo de se aventurar na culinária japonesa.
Não é a toa que o Azumi tem uma legião de fãs e clientes fiéis e recebe elogios de pessoas que entendem bastante de comida japonesa. Talvez seja justamente por este estado imutável de ser (mantendo-se sempre ligado as tradições) e passando a margem de modismos tão comuns em outras casas do Rio.
Comi com enorme prazer as minhas ostras. Depois a Silvia solicitou uma porção de lulas na grelha, um simples e ótimo pedido. Gostamos de ficar assim, beliscando pequenos sabores, um atrás do outro, até que não haja mais espaço dentro de nós. Ela deu-se por satisfeita após o molusco. Eu ainda queria encerrar com uma última iguaria.
Peixe Shishamo
Chamei por uma cerveja Kirin Ishiban enquanto decidia a porção derradeira. Acabei no peixe Shishamo. Trata-se de um peixe pequenino, do tamanho de uma manjubinha. É importado do Japão, onde é mais comumente capturado.
Não é uma opção barata. A fêmea com ovas, à venda no Azumi, é mais valorizada. Tem um sabor único, que eu adoro. A porção com três, grelhada, custa R$ 30,00. É para datas especiais como aquele sábado.
Não me arrisquei no saquê. Após a Kirin Ishiban queria saber mesmo era das laranjas. E logo Manabu colocou uma travessa com doces pedaços da fruta em nossa frente. Tudo sempre acaba nas fatias de laranja. E assim, mais uma vez deixamos o Azumi muito satisfeitos. Espero não levar mais um ano para voltar lá.
O AZUMI RESTAURANTE INFELIZMENTE ENCERROU AS ATIVIDADES. ERA UM DOS MELHORES E MAIS TRADICIONAIS JAPONESES DO RIO DE JANEIRO. DEIXA SAUDADES.
Azumi
Endereço: Rua Ministro Viveiros de Castro, 127
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