O Bar do Plínio, na Casa Verde, é um dos bares mais conhecidos da Zona Norte de São Paulo. Atrai clientes de todas as partes da metrópole atrás de seus petiscos e pratos de peixes. Posso dizer por experiência própria que a comilança por lá é coisa de profissional.
Com clima de botequim paulistano, o tema de pesca está por onde se olha, assim como as diversas matérias e prêmios pela comida espalhadas na parede. Em um dos lados do salão, um grande aquário exibe algumas espécies de água doce como o pintado.
Quem preferir pode optar por sentar na calçada. É onde, por sinal, a maioria dos clientes opta por ficar. Dentro ou fora do salão, estejam certos de que comerão muito bem.
Peixes de rios brasileiros
No início do negócio, nos idos anos 80, o próprio dono, o Plínio, ia até o pantanal pescar boa parte dos peixes que a casa servia no cardápio.
A fama do lugar, no entanto, foi crescendo e a demanda por pescados era tão grande que a logística já não dava mais para ser tão artesanal como nos velhos tempos.
Plínio já não está mais disposto às idas e vindas e o bar, hoje, conta com fornecimento de peixes de empresas especializadas. Elas trazem os pescados tanto do Pantanal, quanto da região da Amazônia.
O cardápio oferta as mais diversas opções de peixes e frutos do mar, no entanto as atenções estão voltadas mesmo para os peixes de rio brasileiros.
Pessoalmente eu recomendo que os leitores se atenham mesmo a este tema, porque é, de fato, a especialidade da casa. Mais do que isto, talvez seja o lugar em São Paulo que oferece a maior variedade de peixes de água doce na cidade, ao menos com frescor e qualidade.
Porção Mista do Amazonas e do Pantanal
Em minha opinião as duas grandes pedidas do cardápio são a Porção Mista do Pantanal (com pintado, dourado e pacú) ou a Porção Mista do Amazonas (com aruanã, tambaqui e tucunaré). Saem por honestíssimos R$ 57,00, com quantidade para atender três pessoas confortavelmente.
Decidimos pelo misto amazônico, com uma pequena alteração: como o tucunaré estava em falta, nos ofereceram pirarucu.
Adoro tucunaré, peixe que comi em algumas ocasiões em uma viagem que fiz para o Tocantins. Confesso, porém, que gostei bastante da troca, pois o pirarucu servido em lombo, grelhado, estava muito bom.
Os outros dois peixes, fritos, não ficaram atrás. Gostei do aruanã, que desconhecia. Também adoro as costelinhas de tambaqui empanadas.
Minha esposa e eu nos esbaldamos de comer. Acho que o ideal é ir com um grupo de quatro pessoas, para fazer uma verdadeira festa nas águas daquele rio. Nós não conseguimos dar conta do prato, ainda mais depois de pedirmos uma entradinha.
O negócio é ficar beliscando durante um almoço esticado. Existem opções para acompanhamento, mas os pratos principais, em geral, vêm apenas com molho vinagrete, maionese e uma saladinha.
Croquete de traíra
Vale explorar uns petiscos iniciais, acompanhados de cerveja (servida muito gelada). Solicitamos uma porção mista de Rabo de Saia. É um tipo de croquete de traíra, com parmesão, batata e espinafre. Também o Bicho Pão, um pastel estilo meio asiático de camarão, salmão e cream cheese.
Muito gentilmente (o serviço do bar é ótimo), o garçom nos serviu uma porção reduzida do pastel com seis unidades. A normal vem com dez unidades, cinco de cada, o que é um exagero para um casal, mas atende bem três pessoas.
O croquete de traíra é muito bom. Bem frito, com casca crocante, recheio cremoso e incrivelmente leve. Nem parece uma fritura. O tamanho pequeno me pareceu ideal. Odeio estes bolinhos e croquetes enormes que nos impedem de provar outras coisas ao entupir nossas veias e estômagos.
Já o pastel não foi muito ao meu gosto. O recheio me pareceu ressecado e a massa não me interessou. A porção mista saiu a honestos R$ 21,00.
Logo partimos para o prato amazônico. Muito peixe. Não me lembro de ter ido a outro lugar que servisse algo semelhante, ainda mais com três tipos diferentes! Adorei.
Comi e comi com enorme prazer, mais do que deveria, e mesmo assim não deu para matar a travessa comprida e o monte de comida ali em nossa frente.
Para quem curte peixe, o Bar do Plínio é um parque de diversão.
Bar do Plínio
Endereço: Rua Bernardino Fanganiello, 458 – Casa Verde. São Paulo / SP.
Horário: de segunda a sexta das 15h às 1h. Sábado e domingo das 11h às 1h.
Contatos: (11) 3857-0999 (11) 97839-4041 (Whatsapp)
Para saber mais:
instagram.com/bardoplinio
bardoplinio.com.br
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O melhor bar é o do Caetano, lá no Imirim, atendimento nota 1000, sempre acertam nossos pedidos e pagamos realmente pelo que consumimos
Olá Alberto. Tudo bom?
Obrigado pelo comentário e pela dica. Está anotada.
Abs,
André