O Boteco Colarinho, na Rua Nelson Mandela, tem um cardápio de cervejas invejável, incluindo chopes especiais. Esqueçam a comida, lá não é lugar para se beliscar, o Boteco Colarinho é para quem gosta de beber cerveja. Os petiscos são apenas um suporte para que ninguém encha a cara de barriga vazia.
Tem pouquíssimas opções de pratos, como uma carne seca com aipim, filé mignon (aperitivo e espetinho), umas empadas e pastéis. As páginas do menu dão prioridade as cervejas. As importadas são oferecidas por aquele preço que é difícil de topar. Não é por culpa da casa, muitas vezes o preço já no fornecimento é alto. Dá para se safar nas cervejas de garrafa como a Serra Malte ou a Heineken. Ou uma ou outra alemã a um preço razoável.
Cervejas artesanais brasileiras no Boteco Colarinho
Outra solução é optar pelas marcas nacionais. Para a felicidade geral dos cervejeiros deste nosso país, há muitos novos bons rótulos pintando no mercado. Melhor de tudo, independentes (ou seja, não são do guarda-chuva da Inbev).
Pequenas cervejarias estão cada vez mais na moda (que bom), entre elas duas marcas fluminenses que até então eu não tinha provado. É o caso da Mistura Clássica e a Bottobier – esta última, uma cerveja artesanal desenvolvida pelo mestre cervejeiro independente Leonardo Botto.
Com muita sorte descolei uma mesa na rua com meu amigo, apesar do grande movimento do Boteco Colrinho na quinta à noite. A princípio o serviço nos pareceu um pouco confuso, mas funcional. Fomos atendidos pelo simpático Magalhães.
Cervejaria Mistura Clássica
Começamos com a Mistura Clássica Stout (chope na taça de 400 ml por R$ 5,60). Não é que a cerveja é boa! Falta-lhe, talvez, um tico de refinamento, um pequeno trato final no amargor. De toda forma eu adorei, tanto que venho desde então sonhando com uma nova tirada. O preço também me pareceu muito justo. Poderia ter ficado nesta primeira pelo resto da noite, mas nosso objetivo era degustar outras marcas.
A segunda rodada foi da cerveja de trigo também da Mistura Clássica (400 ml por R$ 6,40). Não é ruim, mas ainda mantém uma distância das ótimas marcas alemãs. O que gostei muito também foi dos copos personalizados da cervejaria.
Bottobier Muchen Hell
Entramos, então, na Bottobier Muchen Hell (300 ml por R$ 4,90), uma cerveja encorpada e ao mesmo tempo suave, simplesmente fantástica. Resolvi parar nesta por umas rodadas. Para quem passou a adolescência como eu, condenado a tomar chope Brahma por falta de opção, eu torço muito para uma proliferação de novas marcas e cervejas como a Bottobier e Mistura Clássica.
Apesar da razoável carne seca (que apenas quebra um galho), saímos do bar Colarinho satisfeitos com o atendimento e principalmente com as bebidas. O preço das cervejas nacionais também me pareceu bom. Se fosse um bar pensado com decoração de bar, a casa não aparentaria ser o que não é (um botequim) e poderia chamar mais atenção.
Boteco Colarinho
Endereço: Rua Paulo Barreto, 65, Botafogo. Rio de Janeiro / RJ.
Horário: diariamente 24h.
Contatos: (21) 2527-2942
Para saber mais:
instagram.com/botecocabidinho
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Encontre outras dicas de bares e restaurantes no Rio de Janeiro em: comer e beber no Rio
Caro André:
Sou jornalista, e mantenho uma coluna e um blog sobre botequins nas versões impressa e digital do Jornal O Globo. Há algumas semanas descobri o seu blog e virei fã. Gostaria muito de convidá-lo para, um dia desses, nos encontrarmos para trocarmos considerações sobre o tema. Se possível, claro, em torno de uma mesa de bar. Deixo aqui meu contato: juarez@oglobo.com.br.
Um abraço, e parabéns pelo blog.
Att,
Juarez Becoza
Coluna Pé-Sujo – Rio Show
Jornal O Globo