O Mestre das batidas, no Itaim Bibi

Mestre das Batidas, Itaim, boteco, comida de boteco, São Paulo
O Mestre das batidas, no Itaim Bibi

O Mestre das Batidas é um boteco que sobrevive a especulação gourmet e imobiliária do Itaim Bibi. Um clássico conhecido pelas batidas e a línguiça Joana D’Arc.

A despeito da quantidade de bares e restaurantes no bairro do Itaim Bibi, é cada dia mais difícil encontrar um botequim raíz por ali. Um botequim moda antiga, singelo e com mesas de plástico na calçada. Não essas imitações de meia tigela, todas arrumadinhas e sem charme, que se vê por ai.

As mesas e cadeiras não são exatamente de plástico, tudo bem, mas o ambiente informal e diverso é o que importa. Eu geralmente não curto tevê em botequim, mas sempre que quero assistir a um jogo tomando umas cervejas com amigos minha opinião muda.

Mestre das batidas, Itaim Bibi
O estilo segue o de boteco paulistano: a cara é um misto de lanchonete com padaria
Mestre das batidas, Itaim Bibi
A cozinha fica a vista dos clientes. Da chapa saem algumas especialidades com os lanches

Viramos as primeiras garrafas de cerveja assistindo a Portugal perder para Espanha pela Eurocopa. Uma pena. Quem também pareceu não ter curtido o resultado foi o português Armando Barros, dono do bar, que apesar da cara chateada foi extremamente simpático quando fui ter com ele uma conversa.

O reino das batidas desde 1963

O Mestre das Batidas, fundado em 1963, segue o padrão de ser boteco de São Paulo: ou seja, tem cara meio de lanchonete, meio de padaria antiga. Como o nome já diz, o local é conhecido por suas dezenas de sabores de batidas. São cerca de trinta e cinco! Um paraíso para quem gosta desta mistura bem brasileira.

Mestre das batidas, Itaim Bibi
Linguiça Joana D´Arc, tipica de boteco em São Paulo, no Mestre das Batidas é feita com portuguesa
Mestre das batidas, Itaim Bibi
A linguiça é servida fatiada e coberta por molho vinagrete e pedacinhos de pimenta

Já que estáva por ali com amigos seria uma temeridade deixar de experimentar uma das infusões. Fomos pouco ousados e solicitamos apenas um copo para dividir.  Ficamos na de coco. Na realidade é a que mais eu gosto.

O drinque estava cremoso e delicioso, um suquinho que descia leve a garganta, com bom balanço entre o doce e o álcool. Ou seja, um perigo. Rapidinho demos conta do negócio. Pensei em pedir outra, um sabor diferente, mas tinha tanto tempo que eu não tomava uma batida que resolvi ir lento. Para não assustar o fígado.

Mestre das batidas, Itaim Bibi
A batida de coco da casa: cremosa e com bom equilibro entre o álcool e o doce

Seguimos na cerveja, sempre gelada. Bom para esfriar o frio. A fome, construída ao longo do dia de trabalho, nos obrigou a não enrolar muito no pedido. Fui averiguar nas internas quais eram as boas escolhas do dia.

Línguiça Joana D’Arc

A casa tem alguns petiscos famosos, como os espetos de camarão e a linguiça preparada no álcool, conhecida como Joana D’Arc, um tradicional prato de boteco de São Paulo.  

Curioso é que, diferentemente de outros botequins de Sampa que servem Joana D’Arc, no Mestre das Batidas é a linguiça portuguesa que vai para o fogo. Geralmente é preparada com línguiça calabresa.

A porção (por R$38,00) é grande e atende bem três pessoas. A linguiça é servida fatiada e coberta por molho vinagrete com cebola, tomate e coentro. O ponto alto são os pedacinhos de pimenta dedo de moça que fazem parte do conjunto, dando um toque fantástico e quente a toda diversão.

Mestre das batidas, Itaim Bibi
Sanduba de contra-filé ao estilo paulista: já vem cortadinho no prato

A Joana atendeu bem a nossa fome, no entanto ainda tínhamos espaço para mais alguma experimentação. As rodadas bem geladas de cerveja empurraram apressadamente as horas. Não queríamos nos esticar muito por ali, pois dia seguinte mais trabalho nos aguardava. Para fechar a nossa estada decidimos pedir o lanche de contra filé com queijo (R$ 28,00), ao estilo paulista: já servido cortadinho. Bem confortável e gostoso.

Os preços no Mestre das Batidas não são os mais baratos do mundo para a categoria – é a síndrome do Itaim (o que dizer da batida por R$ 10,00 e a garrafa de cerveja por R$ 8,00) – mas mesmo assim o programa vale a pena, tanto que pretendo voltar em outra oportunidade. Desta vez para provar, quem sabe, o espetinho de camarão, que apesar da cara boa, dispensamos nesta passagem.

O Mestre das Batidas

Endereço: Rua Leopoldo Couto Magalhães Júnior, 659 – Itaim Bibi. São Paulo / SP
Horário: segunda e terça das 06h às 22h. Quarta à sábado das 06h às 23h. Domingo das 06h às 18h.
Contato (11) 3168-7418

Para saber mais:
facebook.com/Mestre-Das-Batida

Gostou das dica? Então der um pulo lá não deixe de falar pra gente como foi a experiência no Instagram do Diários Gastronômicos ou aqui no blog.

Encontre outras dicas de destinos em São Paulo em: comer e beber em Sampa

About André Comber

editor do site Diários Gastronômicos

View all posts by André Comber

One Comment on “O Mestre das batidas, no Itaim Bibi”

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.