Na Hospedaria da Mooca o cardápio busca resgatar o passado do bairro, com inspiração na cozinha dos imigrantes italianos, com uma nova roupagem.
Ainda tenho uma falta enorme com a Mooca. É um dos mais emblemáticos bairros de São Paulo. A região nos últimos anos vem experimentando uma renovação, com o surgimento de interessantes propostas na área gastronômica como é o caso da Hospedaria.
O restaurante fica na parte próxima a linha da CPTM, uma área que ainda preserva enormes edifícios industriais – como é o caso da antiga fábrica da cervejaria Antártica.
A arquitetura da casa passa um pouco dessa atmosfera, entre a antiga Mooca industrial e a nova Mooca moderna e descolada. Mais do que tudo, o seu cardápio busca resgatar essa essência.
A frente deste trabalho está o chef Fellipe Zanuto (dono também da Pizza da Mooca), que é mooquense e neto de imigrantes. Para criar os pratos ele escarafunchou as memórias da família, as receitas afetivas, mas também fez uma extensa pesquisa no Museu da Imigração – não muito distante da Hospedaria.
Comida confortável
Pense naquele lugar com uma comida confortável, de verdade, que alimenta a nossa alma. Pois é por aí mesmo. O resultado é um conjunto de pratos tentadores, alguns que mesmo no pouco tempo de história da casa (foi inaugurada em novembro de 2016) parecem já terem se tornado clássicos.
É o caso o Risoto do Imigrante: arroz agulhinha, pedaços de frango, carne de porco, legumes orgânicos do dia, ovo com gema mole e queijo meia cura derretido. Ou o Porco Imigrante. Este com copa lombo, legumes, purê de abóbora, farofa crocante e salada.
Assim, tomei um trem até a Mooca num dia almoço durante a semana para conhecer o local. A vantagem do almoço é o menu executivo, que por um preço bacana dá direito a uma entrada e um prato principal.
Isso dá oportunidade para quem está sozinho de provar ao menos dois itens do cardápio. Já que as porções normais da casa são fartas e um pouco mais caras.
Linguiça e polvo
Além do já citado Risoto do Imigrante, fiquei na dúvida também em pedir o Bife a Cavalo, mas venceu outro prato, o Arroz de Polvo. Como entrada, optei por uma Linguiça do Imigrante. Esta vem acompanhada de geleia, pickes de pepino, mostarda fermentada da casa e pão de milho.
Arroz de Polvo para mim é uma atração inevitável. Eu adoro o prato e gostei bastante do servido na Hospedaria. O polvo cozido é grelhado na brasa, servido com pickles de tomate e ervas orgânicas frescas. Mesmo na versão executiva, a quantidade é bem boa. Me informaram ser uns 30% menor que o prato normal.
Eu também gostei muito da Linguiça do Imigrante, cujos ingredientes são todos produzidos ali. Ao contrário do Arroz de Polvo, no entanto, achei a porção do menu executivo muito pequena, o que me permitiu apenas ter um gostinho rápido do pedido. Neste caso, a versão normal, me disseram, é muito mais farta).
Na próxima, talvez, eu explore as versões normais dos pratos, na hora do jantar. No fim tomei feliz um trem de volta para Pinheiros na Estação da Mooca deixando ainda muita coisa para conhecer no bairro, e no restaurante, para um próximo passeio.
Hospedaria
Endereço: Rua Borges de Figueiredo, 82 – Mooca. São Paulo/SP
Horário: de terça a quinta das 12h às 15h e das 19h às 23h. Sábado das 12 às 16h e das 19h às 23h30m. Domingo das 12h às 16h
Contato: (11) 22915629
Melhor parada: Estação Juventus-Mooca (Linha 10 Turquesa da CPTM)
Para saber mais: instagram.com/hospedariasp
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