De todos os bares japoneses que conheci na Liberdade sem dúvida o Izakaya Kintaro é o mais diferente e informal. Talvez por isso mesmo eu tenha imediatamente me apegado ao lugar.
Com jeito de boteco apertado, o seu espaço restringe-se basicamente ao balcão com bancos altos de madeira, o espaço espremido de um corredor que dá para os fundos, onde cabem duas pequenas mesas.
Pequeno, mas muito animado!
O povo, em sua maioria integrantes da colônia japonesa, parece já frequentar o local há tempos. De fato o bar já esta na área há bastante tempo, foi inaugurado em 1993. Todo mundo meio que se conhece por ali.
Enfiei-me entre os clientes que bebiam uísque, em pé, e falavam alto, para me aconchegar num dos bancos no final do balcão.
Mas apesar de ser um forasteiro, eu fui tratado com bastante simpatia. Simpático também foi o copo bem dotado de saquê, bebida que pedi assim que me habituei com a banca.
Minhas explorações atrás de botecos e restaurantes japoneses da Liberdade sempre me revelam surpresas. Já andei bem por ali e ainda tenho algumas dicas anotadas em minha agenda gastronômica para programas futuros.
Um bom horário para circular pelo tradicional bairro paulistano é após o trabalho, por volta das 18h, durante a semana. Momento em que a maioria das casas abre as portas para a happy-hour.
Muitos estabelecimentos têm o horário bastante restrito e costumam fechar cedo. Por isto mesmo, por volta das 20h o movimento fica forte.
Nessa noite em questão eu tinha passano antes no Lamen Kazu. Tracei um Lamen poderoso e grande que quase não me sobrou espaço para seguir com a jornada por outras casas da área.
Ao sair do restaurante, eu já tinha decidido seguir o rumo de casa, quando então esbarrei no Kintaro. Na verdade só descobri o nome depois, pois não há qualquer referência na porta – uma entrada pequena.
Acepipes de influência japonesa
Apesar de eu estar lotado de Lamen, não deixei de bater os olhos nos petiscos dispostos na vitrine. Uma dezena de comidinhas de influência japonesa, que pelo visto é uma tradição dos botequins da Liberdade.
Logo puxei conversa com o rapaz atrás do balcão, Yoshi, que vim a descobrir é praticante de sumô e filho da dona do estabelecimento, Liria Higuchi. Yoshi e seu irmão Yaka ajudam a mãe a tocar o negócio.
As porções no balcão incluem coisas tentadoras como sardinhas com gengibre ou a escabeche, lombo de porco, berinjela, nirá com ovo, algas, bardana, polvo com pepino agridoce e por ai vai.
Alguns acepipes seguem o padrão de outros bares do bairro, porém o Kintaro oferta preços um pouco mais em conta. É possível pedir um ou dois itens num pequeno pote por R$ 8,00.
O copo de saquê transbordante me serviu para digerir a refeição que fiz no Lamen Kazu e, ao menos, me permitiu abrir um pequeno espaço para pedir algo por ali. Seria uma temeridade não provar nenhum dos belisquetes.
Solicitei um dos que me pareceram mais leves: o polvo com pepino agridoce. Além do pepino, o polvo levemente cozido veio acompanhado também de algas. Adorei e o tamanho foi perfeito para minhas condições de estômago lotado.
Saí do Kintaro triste por não ter podido provar mais coisinhas. É mais um boteco japa para minha coleção. Para os que quiserem dar um pulo por lá atendem que eles só aceitam pagamento em espécie.
Izakaya Kintaro
Endereço: Rua Tomás Gonzaga, 57 – Bairro da Liberdade. São Paulo (SP).
Horário: de quarta a sexta das 15h às 22h. Sábado das 12h às 19h.
Contatos: (11) 3277-9124
Para saber mais:
instagram.com/izakaya_kintaro
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Você precisa voltar lá e comer coxinha, torresmo, bardana, moela,… e um monte de outros petiscos deliciosos que a Dona Líria faz!
O lugar é tão especial, que até harmonizações com vinhos nós fizemos!!
Abraço
Evelyn
Oi Evelyn,
Sempre que tenho a oportunidade retorno lá. Adoro o lugar.
Abraços e obrigado pelo comentário.
Dé Comber