Reza a lenda o sanduíche Beiruth (ou Beirute) foi criação do libanês Fares Sader, sócio da lanchonete Bambi, na São Paulo dos anos cinquenta. No entanto, foi na Lanchonete Frevo, que o lanche ganhou realmente notoriedade.
Todo mundo tem o seu Beiruth predileto e hoje em dia cada canto do país serve sua própria versão. Algumas distantes da original que é servida no pão árabe, com queijo mussarela coberto por zatar, rosbife e tomate.
Eu mesmo não sei exatamente qual é o meu preferido, mas digo com certeza que o servido na Frevo está na minha lista dos melhores.
Beiruth clássico de São Paulo
O Beiruth da Lanchonete Frevo é ofertado em dois tamanhos. Há o enorme, que dá para duas pessoas, e o mini, que não chega a ser mini, mas no tamanho ideal de uma fome decente.
O clássico da lanchonete segue quase fiel a receita original. Com exceção de não ter zatar entre os ingredientes e servir queijo prato. Não tem erro, nem embromação. São fatias finíssimas de rosbife de lagarto bem passado, com rodelas de tomate, o queijo derretido na medida certa e o pão árabe. Esse para mim é um destaque, sempre torradinho.
Não é somente o Beiruth da Frevo que é especial, mas sim o ato de comê-lo no ambiente preservado e retrô da lanchonete, sentado em um dos muitos banquinhos bunda-de-fora do comprido balcão. Ainda mais quando acompanhado do bom chopp da casa, servido no charmoso copo rabo de peixe.
Quando acrescentamos a isso o fato de que a mostarda e o catchup por lá ainda são ofertados nos velhos tubos plásticos comuns até o início dos anos 90, aí estou certo de que não há outro Beiruth igual no mundo.
Foi saindo de um evento nos Jardins, por volta da meia noite, que a passagem pela lanchonete da Rua Oscar Freire fez-se irresistível.
Nada melhor do que uma boquinha antes de voltar para casa, garantindo o sono tranquilo com o estômago recheado do sanduíche. Assim fiz. Foi ligeiro, coisa de 20 minutos. Tempo suficiente para dar conta do Beiruth mini e dois chopes: um na entrada e outro de saída. Muito bom.
Lanchonete Frevo
Endereço: Rua Oscar Freire, 603 – Jardins. São Paulo / SP.
Horário: diariamente das 10h30m às 01h.
Contato: (21) 3082-3434
Para saber mais:
frevinho.com.br
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Na verdade o “inventor” foi mesmo o saudoso e querido Sr. Luiz Sader (proprietário do Restaurante Bambi na Al. Santos)…pão sírio, rosbife e queijo, rodela de tomate – tudo assado no forno a lenha. Também servia a versão filé em pequenos cubos. Também criou o famoso sorvete “Chocolate Mou-mud”, tendo patenteado a receita da “farofa” que compõe o sorvete – que na concorrência foi apodado de “chocolamour”…mas isso são estórias de quem conviveu na região do Paraíso nos anos 50 a 80 e poucos…abs
Além dos tubos plasticos do ketchup e mostarda, há ainda os copos rabo de peixe que aqui no Rio ninguém mais os usam.
Olá Francisco,
Realmente é raro este tipo de copo. Outro lugar que serve chope assim em São Paulo é o restaurante árabe Almanara. Obrigado pelo comentário.
Abraços,
Dé Comber