Aska, lamen tradicional na Liberdade

Lamen Aska, Bairro da Liberdade, comida japonesa
O Aska é destino tradicional na Liberdade para quem é fã de lamen. Muito antes da moda dos ramens se consolidar em Sampa, esse clássico restaurante já era uma referência no assunto.

Em primeiro lugar este texto é voltado para a galera que curte lámen. O sentido primordial de ir ao Aska é comer lámen. Dito isto, é necessário frisar ainda que para chegar ao lámen é preciso acatar algumas regras, enfrentar uma espera e estar lá no curto horário de funcionamento do local.  Mas afinal, vale a pena? Sim, com certeza, do contrário não teria nem começado a escrever este primeiro parágrafo.

Fiquei surpreso com o punhado de gente aglomerada na porta do restaurante ao chegar aos 18h09 de um sábado (eles abrem as 18h!). Fui sentar só após uma espera de meia hora. O fato de estar sozinho ajudou, pois grupos maiores ficaram ali na calçada por cerca de 1 hora.

Espera vale a pena

O problema de se aguardar para comer é que nossa expectativa multiplica a cada minuto. Assim, já encostado no balcão de bancos fixos fiquei com medo de me decepcionar. Mais do que isso, não parava de pensar nas regras da casa, que ficam estampadas na porta de entrada e também no cardápio.

Aska
Com a mão na massa no preparo dos lámens

Entre elas: “Solicitamos fazer o pedido adicional o quanto antes”. Fiquei na dúvida de chamar por uma porção de Guioza, mas achei que 6 unidades seria um exagero para mim, considerando que ainda iria me enfiar na cumbuca de macarrão.

Logo que o cardápio caiu na minha frente eu tentei correr com a escolha, não sabia qual lámen queria, fui tomado de uma tensão, uma sensação de que tinha de escolher logo, comer logo e me mandar logo também. Está bom, estou exagerando, mas só um pouquinho. De fato, eu fiquei menos tempo dentro do Aska do que ao lado de fora aguardando na fila de espera.

Shoyu Tonkotsu Lamen

O Shoyu Tonkotsu Lamen me ganhou aos poucos. Quando ele me foi apresentado eu ainda estava um pouco desconfiado. Conforme ia devorando o conteúdo da tigela me dei conta de como o caldo do lámen estava delicioso e de como aquela massa – produzida lá – é realmente divina.

Aska
Shoyu Tonkotsu Lamen, com carne de porco

Mas daí alguém vai dizer: “ah, mas há outros ótimos lámens em São Paulo”. Sim, certamente. Mas se você é realmente fã de lámen e curte restaurantes mais clássicos e simples, acho que é, sim, importante conhecer o Aska.

Quando suguei o restinho do caldo eu estava encantado e feliz por ter enfrentado a espera. Fechei os olhos, respirei fundo, deixei um sorriso escapar de meu rosto, mas logo lembrei da regra “Favor desocupar o lugar o mais breve possível.”

Refeição ligeira

Dá para comer com calma, mas depois de finalizar os pratos não rola de ficar esticando papo por só na cervejinha. Não é um lugar para fofocar, nem fazer pedidos muito espaçados e sim para comer o lámen, uma porção de Guioza de entrada e tchau, até a próxima.

Resgatei minhas coisas e fui pagar no caixa, em cash. É isso aí, eles só aceitam dinheiro. É mais um dos empecilhos, mas não tão difícil de contornar, até porque é um programa barato.

Aska
As regras da casa

Melhor é ir sozinho, em casal, ou no máximo num grupo de até quatro pessoas (pessoalmente eu recomendaria ir mais em casal  ou sozinho mesmo). Mas esqueça lance de jantar romântico. Não tem nada de romântico lá. Seja na mesa, ou no balcão, fica-se colado ao vizinho. Inclusive, eles ressaltam que juntam em uma mesma mesa diferentes grupos quando ocupadas somente por 2 pessoas.

Regras da casa

Por recomendação deles “Até 2 pessoas, favor sentar-se no balcão”. Uma regra inócua para mim, pois eu considero o balcão o melhor lugar, sempre. É o camarote, onde pode-se curtir o preparo da massa, de frente.

“Sentar-se somente após todos os presentes” é outra regra. Quando damos conta do movimento do lugar, compreende-se que eles tentem mediar o troço com essas regras, para atender ao máximo de gente possível com uma espera menor.

O interessante é que apesar dessa aparente aporrinhação, o pessoal (da casa e os clientes) é muito educado. Não tem tipo empurra-empurra, fura fila, grosseria. As coisas funcionam (ao menos funcionaram no dia em que eu fui), mesmo com tanta gente ansiosa por comer.

Eles podiam ceder, no entanto, em relação ao horário de funcionamento, que é muito restrito (no almoço de 11h as 14h e no jantar das 18h às 21h30m). Expandindo um pouco a porta aberta já dava para atender mais a população ávida pelos lámens.

Aska Restaurante

Endereço: Rua Galvão Bueno, 466 – Liberdade, São Paulo
Horário: de terça a sábado das 11h as 14h e das 18h às 21h
Contatos: (11) 3277-9682
Melhor parada: Estação Japão-Liberdade do Metrô (Linha Azul)

Para saber mais: instagram.com/aska_lamen

Gostou da dica? Então der um pulo lá não deixe de falar pra gente como foi a experiência no Instagram do Diários Gastronômicos ou aqui no blog.

Encontre outras dicas de destinos em São Paulo em: comer e beber em Sampa

About André Comber

editor do site Diários Gastronômicos

View all posts by André Comber

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.