Aproveitando os dias mais frescos e chuvosos do Rio de Janeiro, dei a ideia de irmos à Adega do Pimenta, em Santa Teresa, para que meu irmão Tavo, retornado do Colorado, pudesse se ambientar devagar ao clima carioca.
A escolha da Adega do Pimenta me pareceu natural, como sempre o é. Um programa irrecusável, faça chuva, sol, frio, calor e independe de humor. Não me lembro de uma vez que tenha refutado o convite de um amigo para ir lá.
Segredos da Adega
A Adega do Pimenta tem cinco ingredientes que a fazem ser tão especial: primeiro, o comandante da casa, William. Ele gosta do que faz e toca a casa com paixão junto aos seus filhos Gustavo e Fábio (este último no comando do Herr Pfeffer no Leblon).
O segundo fator é a excelente equipe do restaurante. Da cozinha aos garçons, são sempre educados, gentis e atenciosos.
Terceiro, o ambiente. A começar pelo charme de Santa Teresa, até o pequeno espaço do restaurante, um micro pedaço da Alemanha no Rio.
Quarto, a excelência do chope Brahma claro e escuro, sempre muito bem tirados. Sem dúvida um dos melhores da cidade.
Quinto e último ingrediente e não menos importante, o fornecedor. O grande segredo por trás da salsicha é a Fazenda do Alemão, em Mendes, no interior do Estado do Rio.
O alemão Pfeffer
William, na verdade, comprou a Adega, com todos os penduricalhos e paredes de madeira, do antigo dono, o alemão Pfeffer. Aos poucos foi moldando a sua maneira, tornando-a uma extensão de sua personalidade, sua segunda casa.
A união é tão perfeita que, quem não conhece e olha para o barbudo William pela primeira vez, pensa mesmo tratar-se de um alemão em seu ambiente de nascença.
Festa dos embutidos
Não é propriamente um programa caro. Se um casal normal senta para jantar, divide um bolo de carne e bebe quatro chopes, pagará de R$ 60,00 a R$ 70,00, o que está dentro da média de bares no Rio de Janeiro.
No entanto, é improvável que um dia eu vá com minha esposa, divida um bolo de carne e tome somente quatro chopes. Geralmente não conseguimos sair do cardápio de entradas, com todas aquelas maravilhosas salsichas e linguiças da Fazenda do Alemão, patês, frios, etc.
Ainda bem que a Adega fecha cedo. Só assim mesmo para conseguirmos, enfim, ir embora, após a saideira. Assim sendo, o bolso acaba pesando.
Na terça-feira não foi diferente. Ficamos nas entradas, salsicha branca, salsicha Viena, Salsichas do Pimenta, Bolo de Carne e Mix de Patês. Comi muito, bebi bem, o papo estava bom, o atendimento muito bom, o clima igualmente agradável. Porque ir embora?
Herr Pfeffer
Com o sucesso da Adega do Pimenta, o William abriu uma filial da casa no Leblon – inaugurada em 2002 e já enraizada no célebre bairro da Zona Sul. Tomou o devido cuidado de colocar um nome distinto, Herr Pfeffer, para diferenciar os negócios.
O cardápio varia um pouco e existem diferenças sutis no conceito das duas casas. Há o público de Santa e o do Leblon. Eu gosto da casa da Zona Sul, mas a de Santa, pelo bairro e pela história, é muito mais charmosa.
Aos poucos o cardápio do Pimenta vai se incrementando, para a nossa sorte. O joelho de porco grelhado – antes servido apenas no Herr Pfeffer, foi incluído na casa de Santa Teresa. A Adega também passou a trabalhar com algumas opções de cervejas especiais.
Adega do Pimenta
Endereço: Rua Almirante Alexandrino, 296. Santa Teresa, Rio de Janeiro / RJ
Horário: Segunda a Sexta das 12h às 22h. Sábado das 12h às 20h e domingo das 12h às 18h.
Contatos: (21) 2224-7554 / contato@adegadopimenta.com.br
Saiba mais em:
adegadopimenta.com.br
instagram.com/adegadopimenta
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