Pelos botecos do Rio – parte 04

Seguindo pelos botecos do Rio, foi no Bar Azul que o Pedro, último integrante do tour, chegou. Mal deu tempo para ele tomar uma cerveja e alguém que eu não me lembro pagou a conta, intimando a turma para pegar o 206 logo ali ao lado.

Os seis cavaleiros se espremeram dentro do microônibus lotado, a subir a Rua Joaquim Murtinho até o alto do bairro de Santa Teresa. Estava uma gritaria só. Eu já não entendia muita coisa, apenas arrumava um jeito de apoiar a mochila debaixo dos braços, enquanto o veículo seguia a rota por cima dos trilhos do bonde.

Degustação de salsichas na Adega do Pimenta

Logo antes da Adega do Pimenta alguém deu o sinal, a ‘carrinha’ parou e nós saímos empurrando o povo com nossos corpos enormes e mamulengos para fora escada abaixo. Logo mais a frente estava ao Pimenta. Eram quase dez horas e teríamos de correr se quiséssemos pegar a cozinha da casa alemã aberta.

Imagens relativas ao texto botecos do Centro do Rio

Foi uma invasão de trogloditas esfomeados no silêncio do charmoso ambiente. Sorte nossa, ainda dava para pedir algo, mas teríamos de ser rápidos. De uma tacada só, então, solicitamos um verdadeiro banquete de salsichas e linguiças, além de uma rodada de chope.

Pelo que eu pude averiguar nas fotos, nosso jantar alemão foi regado a Linguiça da Diretoria (ótima, tem pequenos pedaços de pimenta verde), salsicha Viena (leve), Linguiça da Fazenda (embutido com alho, preparo frito) e uma salsicha com molho de páprica que é uma delicia. Foi uma festa! Se o restaurante não estivesse a fechar certamente teríamos esticado os pedidos. Ir à Adega do Pimenta é sempre um prazer.

Imagens relativas ao texto botecos do Centro do Rio
Encontro entre amigos no centenário Armazém São Thiago


De lá saímos meio cambaleantes pelo Largo dos Guimarães, cortando as ruas do aconchegante bairro de Santa Teresa até o Armazém São Thiago, o nosso ponto final. No centenário armazém, voltamos aos litros de Stella Artois. Como se não houvesse comida no mundo para saciar a nossa fome, após tantas salsichas no bar anterior, pedimos uma porção de queijo do reino, seguido de três rodadas da deliciosa polpeta do Gomes.

Imagens relativas ao texto botecos do Centro do Rio
As ótimas polpetas do Gomes

No terceiro bolinho de carne, e após mais alguns copos de cerveja belga, decidi finalmente que chegara a hora de retornar para casa. Nosso amigo Guguta estava logo ao lado da sua. O resto do pessoal – cinco homens – conseguiu milagrosamente se enfiar no primeiro táxi que deu mole na esquina. Fomos como sardinhas enlatadas até Botafogo, onde eu saltei.

Calçadas descalças, pedaços de madeira, objetos voadores, o vento me levou para casa. O longo dia pelos botecos do Rio havia chegado ao fim. De morro a morro, do Conceição a Santa. Uma aventura de uns desvairados amigos pelas cervejas da vida, pelos petiscos até a polpeta do Gomes.

Endereço: Rua Almirante Alexandrino, 296. Santa Teresa, Rio de Janeiro / RJ
Horário: Segunda a Sexta das 12h às 22h. Sábado das 12h às 20h e domingo das 12h às 18h.
Contatos: (21) 2224-7554 / contato@adegadopimenta.com.br

Saiba mais em:
adegadopimenta.com.br
instagram.com/adegadopimenta

Endereço: Rua Áurea, 26 – Santa Teresa. Rio de Janeiro / RJ.
Horário: de segunda a sábado das 12h às 23h. Domingo das 12h às 21h.
Contatos: (21) 2232-0822

Para saber mais:
instagram.com/armazemsaothiago

Gostou da dica? Então quando der um pulo lá não deixe de falar pra gente como foi a experiência no Instagram do Diários Gastronômicos ou aqui no blog.

Encontre outras dicas de bares e restaurantes no Rio de Janeiro em: comer e beber no Rio

About André Comber

editor do site Diários Gastronômicos

View all posts by André Comber

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.