Após a confusão do ano passado, resolvi levantar cedo para apreciar as barracas do evento Chefs na Rua, dentro da programação da Virada Cultural paulistana em 2013. Por volta das dez e trinta já estava na região da República, louco para resgatar o meu café da manhã.
De cara já gostei muito mais do novo local do evento, ao longo da Avenida São Luis, uma das vias mais charmosas do Centro de São Paulo para mim. Bem ao lado da aconchegante Praça Dom José Gaspar. A estrutura ficou bem melhor, com banheiros químicos acessíveis e bastante espaço para curtir os comes oferecidos.
O movimento ainda estava fraco quando cheguei à Avenida, o que me deu a oportunidade de conferir com calma em qual barraquinha abriria os trabalhos. Na verdade já tinha saído de casa programado.
Minha intenção era começar devorando o Hot Dog à Francesa com molho bechamel e queijo gruyère por oferecido pelo Chef Raphael Despirite, do Marcel.
Porco à Paraguaia
Estava a andar em direção a sua barraca quando, no caminho, me deparei com a maravilhosa imagem de enormes porcos achatados, assando em grelhas enfileiradas. Não consegui tirar meus olhos daquela visão fantástica.
A ideia foi do Chef Jefferson Rueda, do Attimo, que serviu o prato “Porco à Paraguaia com tutu de feijão e geleia de pimenta”, por (R$15).
Dispensei o cachorro quente e fiz do porco o meu café da manhã. A carne deliciosa foi servida com a pele crocante do bicho, uma gordura que desmanchava na boca e farofinha, além da geleia de pimenta.
Sentei em um dos canteiros da Avenida São Luis e me deliciei do troço. Muito bom! Ao longo do dia, conversando com a galera que se fartava por ali, tive a impressão de que foi um dos pratos prediletos do evento.
Com o estômago forrado de porco eu fui dar uma volta pelo Centro de São Paulo, a aproveitar o clima bacana da região durante a Virada (podia ser todo dia assim). Até o sol deu uma ensaiada e a temperatura subiu pouco, a ponto de me permitir dispensar o casaco.
Duas horas depois eu retornei à República para uma nova rodada de comida. A coisa já estava bem mais movimentada por lá. Mesmo assim, distante da desorganização do ano anterior. O esquema montado dava conta da fome da galera. O que, claro, não evitou as filas em algumas barracas.
Fui direito para o Hot Dog à Francesa. Cachorro quente é uma iguaria que eu não me permito comer todo dia e, por isso mesmo, o evento me pareceu o momento perfeito para matar a saudade.
Parece que uma multidão pensou o mesmo. A fila estava enorme! A mesma coisa na outra barraca de Hot Dog, a do Chefs Marcelo e Samuel Shoel do The Dog Haüs, Original Dog. O cachorro quente foi mesmo um sucesso na Virada.
Desanimei em aguardar e dei uma volta para olhar as barraquinhas com menos fila. Fiquei surpreso com o fato do Arroz de Pato (R$15) da Chef Vera Bertolazzi do C.u.c.i.n.a. não estar tão concorrido. A cara parecia ótima. Mas o povo parece gostar mesmo é de dogão e porco.
Feijão Tropeiro
Eu ia pedir o arroz de pato, mas dei mais uma caminhadinha e não resisti à outra opção do domingo: o Feijão Tropeiro do Mineirão (R$15) elaborado pelo Chef Luiz Emanuel.
A porção estava bem generosa e não me deixou mais espaço para seguir o programa. Valeu a pena. Sou louco por Feijão Tropeiro e estava delicioso.
Por volta das 14h já tinha partido da República. Pensei até em dar uma cochilada e retornar no fim de tarde para uma terceira rodada de comes, mas depois de colocar a roupa de domingo e com um porco e um tropeiro no estômago, fiquei com uma preguiça danada.
Ano que vem vou estar presente no Chefs na Rua com certeza. Só elogios à organização do evento na Virada Cultural de 2013. Muito bom.
A única coisa que acrescentaria para o ano que vem seria uma barraca dedicada a cervejas artesanais, quem sabe uma parceira com uma microcervejaria brasileira.
Vale acrescentar que a Chef Daniela França Pinto, do Marcelino Pan Y Vino, estava harmonizando os seus “Quadrados” (sanduíches de tortilha, R$15), com algumas marcas de cerveja artesanais . Uma iniciativa bem bacana. Pena que não tinha mais espaço para tanto. Fica para próxima.
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