Na parada do ônibus de turismo, o Velho Madalosso nos pareceu mais agradável que o irmão maior, que poderia ser chamado de Madalossão? Ou o maior restaurante das Américas. E eu com isso…
Eu não sou muito chegado a esquemas de rotas em ônibus de turismo, mas em Curitiba dei o braço a torcer. Uma boa alternativa para fazer um panorama sobre a cidade em apenas um dia nos pareceu a justamente a linha de ônibus turística municipal.
Com um passe de R$ 36,00 por pessoa é possível embarcar em um veículo estilo doble deck londrino, em diferentes pontos turísticos da cidade, e realizar três reembarques gratuitos.
Tendo em vista que muitos parques e museus da capital ficam longe uns dos outros, utilizar o transporte público comum demandaria muito tempo e o táxi seria inviável financeiramente. Alugar um carro sairia mais caro e teria o inconveniente de se ter de aprender a rodar por lá. Além de inviabilizar a birita do almoço.
Um dos pontos de parada do ônibus é justamente no bairro de Santa Felicidade, tradicional região de colonização italiana que se tornou um polo gastronômico.
Foi lá que decidimos fazer nossa escala para o almoço de sábado. A área é quase uma pequena cidade. Simpática, cheia de lojas de artesanato, bares e restaurantes.
Por ali também se encontra um estilo de estabelecimento muito típico tanto no Paraná, assim como em outros estados do Sul do Brasil. São gigantescas casasque servem basicamente um rodízio de massas e frango ou galeto.
O maior restaurante das Américas
Entre estes rodízios está o Madalosso, considerado o maior restaurante das Américas. Trata-se de um edifício imenso, de gosto duvidoso, onde cabem até 4645 pessoas sentadas! É um troço realmente impressionante.
Fiquei curioso em saber como essa estrutura funciona, mas tive medo de sofrer de agorafobia no meio do almoço. Sendo assim, optei em ir com minha esposa no Velho Madalosso, logo em frente, que tem um tamanho mais convencional.
Além disso, o Velho Madalosso tinha a vantagem de expandir o serviço além de somente massas e frango. Por lá é ofertado, ao menos, um único corte de carne de boi: a fraldinha. Eu adoro e para minha sorte estava suculenta e macia.
Galetos crocantes
Não curto muito as massas, deste modo, além da fraldinha, me dedique com muito afinco ao frango. Este é servido a passarinho, extremamente bem frito, sequinho e crocante. Uma maravilhosa injeção industrial de colesterol.
Poderia morrer só de comer coxas e sobrecoxas fritas de frango, mas fui surpreendido ainda pela porção de polenta, também frita. Sem a menor sombra de dúvida foi a melhor polenta que comi na vida. Uma coisa impressionante.
Como acompanhamento, o restaurante ainda serve porções de risoto, salada de batata (que por lá se chama simplesmente de “maionese”) e saladinha verde. Também gostosos. Depois de passear o dia inteiro em parques e museus, aquela comilança caiu foi muito bem.
Para completar o rodízio de elogios, o grupo que administra o restaurante fabrica uma ótima cerveja, que leva o nome da família responsável pelo império: Madalosso. Quem quiser pode levar umas garrafas da loja – que fica no saguão principal do ‘Madalossão’.
Os restaurantes da Santa Felicidade atraem tanto a turistada quanto hordas de famílias curitibanas. Em minha opinião uma visita a algum dos rodízios por ali é indispensável para quem quer conhecer um pouco da cozinha típica do sul. Além do que, o serviço é ótimo e a comida e a cerveja muito boas. Para finalizar, não se paga muito caro por isto. Vale realmente a pena.
Velho Madalosso
Endereço: Avenida Manoel Ribas, 5852 – Santa Felicidade. Curitiba / PR.
Horário: de terça a sexta das 11h às 15h30m e das 19h às 23h30m. Sábado e domingo das 11h30m às 15h e 19h30m às 23h30m.
Contatos: (41) 3273-1014
Para saber mais:
velhomadalosso.com
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