Comida farta, preços bem em conta e o ambiente colorido, cheio de camisas de futebol penduradas por todos os lados. Assim é a Cantina Palermo, como tantas outras em Buenos Aires. E nada melhor para conhecer a autêntica culinária porteña do que visitar uma cantina tradicional. Ainda mais dentro de um clube de bairro.
El barrio de Palermo
Voltei a ficar em Palermo. O bairro é um dos maiores e mais famosos da capital. Da primeira vez que visitei a Argentina, há muitos anos, era apenas Palermo. Hoje em dia eles dividiram a região em sub-bairros, para valorizar. Então temos Palermo Viejo, Palermo Soho, Palermo Hollywood… e não sei quantas Palermos. Cada vez que volto parece que inventam uma nova.
É um bairro tradicional, que tinha muitos clubes e bodegones históricos. Mas como se tornou uma das áreas mais cobiçadas pelo mercado imobiliário, bastante coisa foi sendo perdida. Dos bodegones que conheci, me doeu o coração, por exemplo, ver que o El Preferido, um bar lindo e histórico, foi repaginado, reembalado com realces coxa-hipsters. Triste.
Enfim, ao menos restaram alguns clubes de bairro resistentes, com suas cantinas singelas e guerreiras. É o caso do Club Eros e do Club Altético Palermo. Este último abriga a Cantina Palermo, que visitei recentemente.
Cantina Palermo
Nada de frescura ou descolamentos por ali. É um restaurante das famílias argentinas, simples e com atendimento gentil. Boa cantina buenairense que vai direto ao ponto.
Claro, não é o lugar que você busca para um jantar romântico, que pode ser atrapalhado pelas televisões passando programação esportiva ou pelo falar alto das mesas ao redor. Por outro lado, para estar em família (como nosso caso) ou amigos, é perfeito.
La Milanesa
Eu também estava atrás de uma milanesa para meu filho. Ele adora filé a milanesa e este é, sem dúvida, um das especialidades de Buenos Aires. Milanesa Napolitana é um dos pratos mais requisitados. O Napolitana argentino é, basicamente, nosso filé a parmegiana.
Optamos por outro, o Milanesa a la Palermo. Poderia chamar de giganesa, já que o bife veio cobrindo toda a travessa. Mas do que isso, ainda inclui dois ovos, presunto, pimentão e fritas por cima. Ogrice maravilhosa. Para matar a sede eu pedi o clássico litrão da cerveja Quilmes.
O prato alimentou bem nós três, eu meu filho e minha esposa Silvia. Almoço barato que deu para recarregar as baterias para mais caminhadas pela cidade.
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