Restaurante Manolo e o Polvo à Provençal

Já me referi aqui no Diários ao fato de que acho o Restaurante Manolo pouco reverenciado dentro do mundo dos botequins tradicionais do Rio de Janeiro. O bar na esquina da Rua Marquês de Olinda com Rua Bambina é um resistente e interessante exemplar de boteco galego-carioca na cidade.

Restaurante Manolo
O chope se tirado na pressão pode até se sobressair a de outros botecos

É um estilo que vai desaparecendo pouco-a-pouco. Seja porque os donos, imigrantes espanhóis, envelhecem. Ou ainda porque são engolidos pelos pseudo-botequins padronizados de rede, que detonam a diversidade gastronômica da metrópole. Sempre gosto de citar o exemplo do Picote, no Flamengo, que fechou as portas. Uma pena.

Reforma bem vinda

O bar passou por uma pequena e bem vinda reforma, que ajudou a tirar o aspecto largado que tinha anteriormente. Inevitavelmente as televisões de LCD vieram juntas, mas já desisti de batalhar contra isso e, afinal, é uma demanda da própria clientela.

Restaurante Manolo
O Salão recém reformado perdeu o aspecto largado de antes

Importante é que o extenso balcão que dá para Rua Bambina ainda segue por lá intacto. Ali se pode tomar um chope ligeiro em pé com bastante espaço. Assim como a agradável varanda, boa para um dia de menos calor. No salão interno com ar os panos de estilo colorido das mesas foram mantidos também.

Minha última passagem pelo bar-restaurante foi uma repetição das anteriores. Dificilmente consigo resistir a duas pedidas da casa: os bolinhos de carne de entrada e o Polvo à Provençal como prato principal ou para dividir como petisco.

Restaurante Manolo
A porção de bolinhos de carne é uma marca registrada do botequim
Bolinhos de carne

Os bolinhos de carne, crocantes e bem fritos, são a marca registrada do local. Diria até imperdíveis para quem passa por ali. Mas recomendo também que se experimente os bolinhos de bacalhau, que estão num bom nível.

O chope Brahma do Manolo segue o padrão carioca nível B. É aquele que sempre poderia ser melhor, porém não é ruim. De uns tempos para cá tem melhorado e, se pedido na pressão, até acho que se sobressai ao de muitos botecos na cidade. Se os donos incluíssem uma carta de cervejas especiais a coisa poderia ficar ainda mais interessante por ali.

Restaurante Manolo
O Polvo à Provençal é um dos grandes destaques da cozinha galego-carioca local para mim

O Polvo à Provençal é um dos grandes destaques da cozinha galego-carioca local para mim. É realmente muito bom e tem um dos melhores custos/benefícios da Zona Sul. Principalmente na hora do almoço durante a semana, quando é servido em sua versão executiva. Vem numa travessa que dá para dividir tranquilamente entre dois seres humanos com fome normal após uma entrada.

Entre as opções de peixes e frutos do mar, vale igualmente uma observada na Paella, que é elogiada. Ou seja, um botequim que merece uma atenção maior pelos amantes da categoria.

Restaurante Manolo

Endereço: ‎ Rua Marquês de Olinda, 87, loja A – Botafogo. Rio de Janeiro / RJ.
Horário: de segunda a quinta das 7h às 1h e de sexta a domingo das 7h às 3h.
Contatos: (21) 2551-8398
Metrô mais perto: Estação Botafogo

Para saber mais: instagram.com/manolorest

Gostou da dica? Então quando der um pulo lá não deixe de falar pra gente como foi a experiência no Instagram do Diários Gastronômicos ou aqui no blog.

Encontre outras dicas de bares e restaurantes no Rio de Janeiro em: comer e beber no Rio

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